POESIA INFANTIL

De volta pro ninho


passarinho quando canta
natureza se agiganta
mas se preso na gaiola
natureza chora

passarinho quando preso

canta de tristeza
pelo menino que não sabe
respeitar a natureza

o menino inteligente

sabe muito bem
no coração o que sente
e o amor que tem

ao abrir a portinhola

canta, canta passarinho
voa, voa e vai embora
de volta pro ninho


(MARCANTE, Alexandre)

AMS® publicações & Casa das Letras.
(Série - Poesias infantis - 1982)
381120/904541 – 885
todos os direitos reservados do autor.








CACHOLINO
O cão menino

Cacholino era cachorro
Mas achava que era gente
Acordava bem cedinho
Para escovar os dentes!

Ele tinha até um pente
Para pentear o pelo
E seu dono o penteava
Como se fosse o cabelo!

Tomava café com leite
Na hora da refeição
E ai de quem não passasse
Manteiga no pão!

Cacholino era cachorro
Mas também ia pra escola
E quando chegava em casa
Só queria jogar bola!

Camisa 10 ele usava
E atrás da bola ele corria
Quando menos se esperava
Mais um gol ele fazia!

Que cachorro inteligente
Era o tal do Cacholino
Ele brincava com a gente
Como se fosse um menino!


(MARCANTE, Alexandre)
AMS® publicações & Casa das Letras. 1983 - 726990/199965 – 333
(Série - poesias infantis – 1983)

todos os direitos reservados do autor.




1981 - PRIMEIRAS
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Quando li
Meu pé de laranja lima
Tantas palavras aprendi
Minha poesia não está sozinha,
Pois todas elas estão aqui !


(Alexandre Marcante)





PASSATEMPO
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Passa tempo, tempo passa
Passaredo, passarada

Ele nunca foi amado
Ela nunca foi beijada

Passa tempo, tempo passa
O amor desfez o nó

Ele é o rei, ela é a rainha
Do reino do quiproquó

Passa tempo, tempo passa
O amor perdeu a graça

Dois corações num castelo
Vontade que dá e passa


MARCANTE, Alexandre – 09 de abril de 1986. 
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O sapo que morava no rio

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O sapo subiu na pedra

Pois queria pegar sol
Mas a pedra escorregava
E na pedra ele não ficava


O sapo pulou no galho

Da árvore que ali estava
Mas a árvore era fraca
E o galho se quebrava


O sapo ficou com raiva

Porque não pegava sol
E sentia ainda mais frio
Na água gelada do rio


Então chegou o verão

A água do rio esquentou
E o sapo que tinha frio
Agora sentia calor





MARCANTE, Alexandre – 11 de junho de 1989.

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